terça-feira, 30 de maio de 2023

«Será legítimo a experiência em animais?» - Este ensaio foi realizado por Valentina Besliu, nº27, da turma 11º CSE, no âmbito da disciplina de Filosofia (e DAC de Cidadania e Desenvolvimento).

 A legitimidade da experimentação animal

1. Formula claramente o problema

Ao longo deste Ensaio procurarei discutir o problema «Será legítimo a experiência em animais?» e «Será correto acabar com os direitos de alguns animais para benefício humano?». Abordarei este tema somente em experiência relacionadas com testagem de cosméticos e de drogas em animais, sendo eles os mais comuns os ratos, os camundongos, os porquinhos-da-Índia e os coelhos.

 

2. Anúncio qual o objetivo do meu ensaio

O objetivo do meu ensaio é apresentar argumentos contra a experiência de animais em laboratórios para benefício humano. Acrescento também que um dos meus objetivos é fazer com que o meu público se importe com os direitos dos animais através das razões a frente desenvolvidas.

 

3. Mostro a importância ou interesse do problema

Considero que a discussão deste problema filosófico importante para defender os direitos dos animais, que para além de não terem uma vida “naturalmente” igual aos da sua espécie, são explorados, maltratados e testados com imensos produtos ainda não seguros, tornando-os realmente em cobaias.

 

4. Mostro a proposição que quero defender, isto é, a tese.

Irei defender a ideia de que apesar de até hoje a testagens de animais ter tido “bons” efeitos, quero eu dizer, até hoje existiram produtos seguros e testados à venda em consequência deste ato, MAS não vejo mais sentido em praticá-los com o avanço da tecnologia e das novas formas de testagem de produtos que iremos ver a seguir.

 

5. Apresento os argumentos a favor dessa proposição (tese)

Há 2 razões para acreditar que a testagem de produtos cosméticos e drogas em animais é errado.

Primeiramente, os animais não são objetos. Tal como nós, os animais têm sentimentos, sentem dor, medo, prazer e muito mais.Os testes em animais provocam-lhes uma agonia extrema, são sujeitos a terríveis experiências que lhes causam inimaginável sofrimento e que na maioria das vezes resultam na sua morte. Também os animais têm direitos como o direito à existência, o Homem, enquanto espécie animal porém racional, não pode atribuir-se o direito de exterminar os outros animais ou de os explorar, violando esse direito; os animais têm o direito de não serem submetidos a maus tratos nem a atos cruéis.

 

Em segundo lugar, existem muitas diferenças entre os seres humanos e os animais, isto é, os animais respondem de forma diferente às drogas e às doenças.Muitas das reações adversas que ocorrem nos seres humanos podem não ser demonstradas nos animais experimentados. Acredita-se ainda que já existem outros métodos de pesquisa mais eficientes como a cultura de células e tecidos, a sua aplicação possibilitou a redução do número de animais utilizados em pesquisa e ao utilizar células e tecidos cultivados in vitro os resultados também podem ser mais relevantes e reprodutíveis, uma vez que o controlo da experiência é maior e mais fácil, além de se aproximar mais das características humanas; a pele em 3D que tem composição próxima da pele humana e pode substituir o uso de animais, principalmente em testes realizados pela indústria de cosméticos.

 

6. Exponho as principais objeções ao que acabou de ser defendido

A pesquisa com animais tem sido fundamental para quase todas as descobertas médicas desta década. De fato, quase todos os ganhadores do Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina desde 1901 basearam seus estudos em dados obtidos de experimentos com animais.Técnicas modernas de cirurgia ( transplantes de coração, etc.) e exames de imagem foram aperfeiçoados através de experimentos com animais.

 

7. Respondo às objeções

É antiético condenar a vida de seres que se sentem presos numa gaiola de laboratório e que causa dor e medo. Utilizando técnicas inovadoras, cientistas foram capazes de desenvolver métodos de pesquisa sem animais, como tecnologias in vitro, culturas bacterianas, simuladores de pacientes humanos, etc. Então, por que não continuar evoluindo nesses avanços, se têm igualmente a mesma eficácia?

 

8. Tiro conclusões

Em suma, este meu ensaio abordou 2 sistemas distintos para defender a ilegitimidade na experiência animal. Começando pelos seus direitos e as agonias causadas pelos atos em laboratório, de seguida, abordei o avanço tecnológico (criação de células e tecidos in vitro e em 3D) , uma boa solução para a diminuição de testagem em animais. 

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