quinta-feira, 16 de outubro de 2025

René Descartes | Explicando a existência de Deus


Descartes apresenta principalmente três provas para a existência de Deus. A primeira baseia-se na ideia inata de perfeição, argumentando que essa ideia só pode ter sido colocada na nossa mente por um ser perfeito (Deus). A segunda prova foca-se na causalidade da nossa existência: como seres finitos e imperfeitos, não nos podemos ter criado a nós mesmos, logo, um ser perfeito (Deus) deve ser a causa da nossa existência. Por fim, a terceira prova é o Argumento Ontológico, que defende que a existência é uma propriedade inerente a um ser sumamente perfeito (A existência é uma propriedade do conceito de Perfeito).

 

1. Prova ou argumento da ideia de perfeição ou da marca (causalidade da ideia)

·                     Ideia inata

Descartes argumenta que temos uma ideia inata de um ser sumamente perfeito e infinito. 

 

·                     Causa da ideia

Como seres finitos e imperfeitos, não poderíamos ter criado essa ideia por nós mesmos. 

 

·                     Conclusão

A única causa possível para a ideia de perfeição é um ser que já seja perfeito, ou seja, Deus. 

 

 

2. Prova ou argumento da contingência (causalidade da existência)

·                     Existência e imperfeição

Somos seres finitos, contingentes e imperfeitos; a nossa existência depende de outra coisa para se manter. 

 

·                     Causa da nossa existência

Não podemos ser a causa da nossa própria existência, nem os nossos pais podem ser a causa da ideia de perfeição neles. 

 

·                     Conclusão

A existência do ser pensante requer uma causa primeira e perfeita que sustente a sua existência, que é Deus. 

 

 

3. Prova (ou argumento) ontológica

·                     Conceito de Deus: Um ser sumamente perfeito é um ser que possui todas as perfeições. 

 

·                     Existência como perfeição: A existência é uma perfeição; um ser que não existisse não seria sumamente perfeito. 

 

·                     Conclusão: A existência de Deus é tão intrinsecamente ligada à sua essência como ser sumamente perfeito quanto a propriedade de ter três ângulos é intrínseca à definição de um triângulo. 

 

Fonte: Wikipédia (adaptado)


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