Descartes apresenta principalmente três
provas para a existência de Deus. A
primeira baseia-se na ideia inata de perfeição, argumentando que essa ideia
só pode ter sido colocada na nossa mente por um ser perfeito (Deus). A segunda prova foca-se na causalidade
da nossa existência: como seres finitos e imperfeitos, não nos podemos ter
criado a nós mesmos, logo, um ser perfeito (Deus) deve ser a causa da nossa
existência. Por fim, a terceira
prova é o Argumento Ontológico, que
defende que a existência é uma propriedade inerente a um ser sumamente perfeito (A existência é uma propriedade do conceito de Perfeito).
1. Prova ou argumento da ideia de perfeição ou da marca (causalidade da ideia)
·
Ideia inata:
Descartes argumenta que temos uma ideia inata de um ser sumamente perfeito
e infinito.
·
Causa da ideia:
Como seres finitos e imperfeitos, não poderíamos ter criado essa ideia por
nós mesmos.
·
Conclusão:
A única causa possível para a ideia de perfeição é um ser que já seja
perfeito, ou seja, Deus.
2. Prova ou argumento da contingência (causalidade da existência)
·
Existência e imperfeição:
Somos seres finitos, contingentes e imperfeitos; a nossa existência
depende de outra coisa para se manter.
·
Causa da nossa existência:
Não podemos ser a causa da nossa própria existência, nem os nossos pais
podem ser a causa da ideia de perfeição neles.
·
Conclusão:
A existência do ser pensante requer uma causa primeira e perfeita que sustente
a sua existência, que é Deus.
3. Prova (ou argumento) ontológica
·
Conceito de Deus: Um ser sumamente perfeito é um
ser que possui todas as perfeições.
·
Existência como perfeição: A existência é
uma perfeição; um ser que não existisse não seria sumamente perfeito.
·
Conclusão: A existência de Deus é tão
intrinsecamente ligada à sua essência como ser sumamente perfeito quanto a
propriedade de ter três ângulos é intrínseca à definição de um triângulo.
Fonte: Wikipédia (adaptado)
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